Breves Reflexões Sobre
Solidariedade, Caridade, Filantropia e Beneficência
A
solidariedade é marcada pelo sentimento de entreajuda, que leva as pessoas a se
auxiliarem mutuamente, movidas pela vontade e prazer em assumir um compromisso
de auxiliar as outras, sem pedirem nada em troca. Podemos nos utilizar aqui
também, conceitualmente, o jargão “ensinar a pescar”. Esse ditado popular
tem como base a natureza da relação desenvolvida entre as partes, aonde um apoia
o outro, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do indivíduo mais
necessitado.
Entretanto,
a caridade é o ato de mover-se por compaixão pelo pesar do próximo e ajudá-lo
com bens para que ele se sinta melhor. Muitos acham que esse tipo de ação é
alimentado pelas vaidades e demonstra um posicionamento hierárquico de poder
entre o ajudante e o ajudado. Sendo assim, nessa linha de pensamento, nesse
tipo de “ajuda”, é negada a real vontade de altruísmo e compaixão, para dar
lugar ao sentimento negativo da soberba e da vaidade. Creio que quem cultiva
essa visão e nega a caridade não acredita em quão bom o ser humano pode ser.
“Solidariedade
é a condição do grupo que resulta da comunhão de atitudes e de sentimentos, de modo
a constituir o grupo em apreço uma unidade sólida, capaz de resistir às forças
exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face de oposição vinda de
fora.”
A
Solidariedade deve ser fundamentada no sentimento nobre de Justiça e
Honestidade. Pode-se dizer que essa Solidariedade fortalece os laços da
Fraternidade.
Segundo
o dicionário, beneficência é a Inclinação à prática do bem. É a ação de fazer
bem a alguém. O princípio da beneficência estabelece a obrigação
moral de agir em benefício dos outros. São considerados sinônimos de
beneficência: caridade, filantropia e humanidade. Beneficência, filantropia ou
caridade significam amor à humanidade, ao contrário do amor a si próprio ou
egoísmo.
Muitas
pessoas se colocam contra o assistencialismo, que é um tipo particular de
beneficência, enfatizando que o correto é “ensinar a pescar” e não simplesmente
“dar o peixe”. O assistencialismo pode ser nocivo ao “dar o peixe”, pois
automaticamente é criada a dependência e redução da autoestima.
Entretanto, é inegável que se uma pessoa está morrendo de fome, torna-se
necessário dar o alimento antes de cuidar do médio e longo prazo.
Para
estarem capacitadas a aprenderem a pescar, as pessoas precisam de apoio,
carinho e compaixão, antes da assistência. Além disso, existe o grande
problema de controle da eficácia dos recursos destinados à beneficência.
Pôde-se verificar que, normalmente, nas organizações que fazem “mero
assistencialismo”, mais de 80% dos recursos vão para os usuários finais, ou
seja, para aqueles que realmente precisam de ajuda. Já nas ONGs que “ensinam a
pescar”, cerca de 85% das doações terminam em pagamentos aos professores e não
convertidas em assistência direta aos alunos carentes. Se, por qualquer motivo,
os ensinamentos não forem devidamente absorvidos pelos alunos carentes,
trata-se, em última análise, de recursos desperdiçados. Vale dizer que não foi
verificada a veracidade dos números percentuais, assumindo-se como verdadeiro
os dados colocados no artigo fonte.
Acho
importante ambas as posturas, pois parece ter uma interdependência nestas
iniciativas. De um lado, para que as pessoas carentes possam ter condições de
absorver algum ensinamento é necessário que suas necessidades básicas, por
exemplo, de alimentação, estejam atendidas. Por outro lado, o
assistencialismo puro e simples, sem preocupação de capacitação das pessoas
para superação daqueles problemas, tende a perpetuar a dependência.
As
pessoas podem ajudar agindo em várias frentes ao mesmo tempo, pois temos
qualificação e aptidão para isso. Sendo assim, temos como ajudar diversas
pessoas e instituições. Essa ajuda pode ser em pecúnia e, também, em serviços. Todos
desenvolvemos diferentes ofícios que podem auxiliar, com sua expertise, de
maneira não onerosa – onerosidade pecuniária -, pessoas carentes. Como exemplo,
cito os escritórios modelos que as universidades criaram para prestar serviços
gratuitos à população carente, dentre eles: escritório modelo de direito,
escritório de auxílio ao empreendedorismo, escritório modelo de contabilidade,
dentre outros. Cito ainda a ideia da ação de mediação que o JECrim – Juizado Especial
Criminal - de Niterói/RJ vislumbrou implantar nas comunidades, agindo de forma
preventiva à concretização de transgressões penais.
Ideias
para agirmos in loco, temos várias. Necessitamos apenas de voluntários, força e
sabedoria para agir, no intuito de criar uma bela ação social.
Guilherme Luis Dantas Gouget
Unir
para Conquistar!
Referências:
http://filhosdehiran.blogspot.com.br/2010/12/caridade-maconica-via-tronco-de.html
http://www.altosgraus.com/content/beneficencia-filantropia-e-caridade-na-maconaria
http://solidariedadesocialonline.blogspot.com.br/2013/04/diferenca-e-solidariedade-e-caridade.html
http://www.clubedobode.com.br/single-post/2016/09/24/Benefic%C3%AAncia-filantropia-e-caridade-na-Ma%C3%A7onaria
http://www.revistauniversomaconico.com.br/vivencia-maconica/fraternidade-e-solidariedade-maconica/