quinta-feira, 25 de agosto de 2016


Cavaleiro Adormecido


Me retiro, entregando-me aos braços de Morfeu em definitivo, onde consigo viver e encontrar a felicidade por mim inatingível no mundo sombrio onde paira a realidade de meu ser.
Em seus domínios, viajo com elegância e esplendor de tudo que há de mais belo no mundo da imaginação, do que seria uma realidade ideal e perfeita perante os olhos de um romântico de armadura.
O cavalgar é macio e silencioso, a armadura pôde ser deixada no alforje e a espada fixa na bainha, adormecida também, após tantas batalhas travadas na realidade de um reino não divino e pútrido de almas desalmadas.
A não vida ganha sentido após tanto tempo de procura incessante e sem direção de vitória, apenas de intermináveis batalhas travadas por motivos errados.
Os motivos eram belos, porém egocêntrico.
O cavaleiro de coração puro queria tornar o mundo mais belo para que ele pudesse viver de forma pacífica e calorosa, conquistando a paz interior e se desfazendo da grande violência que habita sua alma desde o nascimento
A forma não era a correta, descoberta apenas quando os deuses com pena de sua essência mostraram-no que a Paz só é alcançada... Não apenas pela guerra.
Quando nos convencemos que os inferiores de sentimentos nobres são como cães que ladram sem propósito, que disputam sem motivo, que guerreiam sem uma causa não merecem nossa luz, conseguiremos caminhar.
 Não devemos entrar nos intuitos perturbados desses, apenas se defender, se atacado de forma realmente incisiva à existência do corpo físico e da honra inalienável.
São seres fadados à escuridão e estão no plano correto de sua existência.
Nós, cavaleiros românticos eternamente armadurados no mundo sombrio, estamos para tentar realizar um equilíbrio e não para mudar e aniquilar os que estão na correta terra de seu barão,
Nós, que somos estrangeiros de terras distantes, não estamos aqui para implantar o amor, apenas não o deixar se apagar.
Nos domínios corretos me acolho e descanso adormecendo minha alma guerreante cheia de Paz.

Guilherme Luis Dantas Gouget
Unir para Conquistar



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