quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Qual o papel do homem no mundo?
Essa pergunta é a qual devemos nos fazer todos os dias. Todos têm um papel a cumprir e a desempenhar. O papel da rocha, do mineral, é resistir. O papel do vegetal é transformar energia solar e mineral em fonte primária de energia para o reino animal. O papel dos animais é sobreviver e procriar. E o homem? Qual seu papel? Somos animais que devemos apenas sobreviver e procriar ou temos algo maior a desempenhar? Creio que o papel do homem é crescer em virtudes e sabedoria, sendo cada vez mais forte e belo.
Em todos os reinos, seja no mineral, vegetal ou animal procura-se a evolução. No reino mineral, temos os cristais que absorvem energia como as plantas. No reino vegetal, podemos observar tipos de plantas que reagem a estímulos como, por exemplo, amor e raiva que, com isso, florescem ou morrem. No reino animal, vemos os cães tentando entender o que dizemos e se deixando adestrar, produzindo até imitações comportamentais. E o homem? Em que nos espelhamos para alcançar a evolução?
Por isso, criamos um Deus absoluto, no qual nos espelhamos. Uma força no etéreo que é uma fonte de inspiração para o crescimento do espírito, cujo se refere a valores, sabedoria, compaixão, não apenas espiritual na concepção teológica.
O homem que só procura o acúmulo material foge da sua real razão de ser, do seu propósito nesse plano. Com isso, começa a ocorrer um sentimento de vácuo e falta de propósito existencial, pois o materialismo tem um fim em si mesmo, sendo assim, nunca será suficiente. O crescimento do espírito fica aprisionado em meio ao materialismo que gera cobiça, avareza, megalomania, cleptomania, corrupção, guerra, destruição.
A humanidade tem que compreender que o bem e o mal do próximo influencia no seu próprio bem-estar. Se quem está ao nosso lado está em más condições, influencia no nosso bem-estar geral. Devemos buscar a unicidade do bem à toda humanidade, com isso nos aproximamos mais do divino. Quanto mais igualitário formos diminuindo ou eliminando as diferenças, mais estaremos próximos ao Deus Absoluto. Quanto mais a humanidade tiver diferenças, exacerbada pela cultura do consumismo, mais nos afastamos do nosso verdadeiro propósito: Evoluir à imagem e semelhança de Deus. Podemos imaginar uma pirâmide, que na sua base os homens ficam mais distantes entre si, a distância simbolizando as diferenças, e conforme formos nos aproximando do topo, estamos buscando a unicidade e a semelhança entre nós, aonde no topo, como absoluto, está Deus.  
O homem médio só busca Deus para barganhar desejos hedonistas, tornando-o sócio de seus acúmulos mundanos. O homem médio se curva perante os santos e Deus para implorar por misericórdia e milagres, mas não usa essas imagens para lhes dar força através do exemplo histórico ou mitológico de suas realizações. Deus ou deuses devem servir de inspiração, não servir de súplica para os fracos sem força de vontade. São Jorge quer um forte guerreiro ao seu lado seguindo seus passos e tentando ser sua imagem e semelhança ou um acovardado que espera um milagre ao invés de se levantar e lutar?
Então não devemos buscar o crescimento pessoal e material?
Sim, devemos. A maior ajuda que podemos oferecer ao próximo é mostrar que é possível a realização de grandes coisas. A palavra convence, mas o exemplo inspira e dá força à vontade de conquistar.
O que não devemos é apenas buscar o acúmulo material, deixando de nos doarmos para o bem humanitário. Somos lembrados pelas ações que realizamos, não pela fortuna acumulada. Deixamos exemplos e realizações como legado, isso se perpetua pela eternidade, sendo o acúmulo material findo quando morremos. Nos lembramos do homem mais rico do mundo da geração de Picasso? Sabemos quem foi o maior dono de imóveis quando Einstein criava a Teoria da Relatividade? Lembramos de Bill Gates pela fortuna acumulada ou pela contribuição à evolução da humanidade? Não precisamos ser gênios para contribuir para a evolução mundial. Podemos contribuir com melhorias em menor escala, e se cada um tiver consciência que faz parte de um todo, as pequenas coisas, quando reunidas, serão gigantes.
 Reflita e me diga: Qual a marca que você está deixando para o Mundo?

Referências inspiradoras:
Vídeos da http://www.nova-acropole.org.br, acessados no canal do youtube.com. [último acesso em 23/08/2016].

Guilherme Luis Dantas Gouget

Unir para conquistar

2 comentários:

  1. A parte que mais me afeta neste texto é "se cada um tiver consciência de que faz parte de um todo". A sociedade está correndo no caminho inverso, nos empurrando para a competitividade, para o lugar que só tem espaço para um.
    Eu sei que muitas são as questões filosóficas que poderiam ser desenvolvidas para responder qual é o mal do mundo, mas eu tenho a pretensão de resumir: egoísmo. O egoísmo faz as pessoas serem mal educadas, desonestas, soberbas, enfim, são facetas do mesmo sentimento de querer chegar na frente custe o que custar. Justamente, porque não nos vemos como parte de um todo. Por vezes, somos parte de uma massa, mas de um todo, ainda não. Eu consigo ser feliz, mesmo sabendo que há tanta desgraça por aí. Mesmo que, eventualmente, eu cause uma desgracinha ou outra ao outro parte progredir.
    Passando para a pergunta final, ainda não sei qual será minha marca final para o mundo; eu ainda a estou forjando. Espero que, ao final, ele possa estar, ainda que ligeiramente, melhor do que antes de eu ter vindo aqui. Caso contrário, terei do uma viagem perdida.
    Parabéns pelo conteúdo instigador! Além da minha admiração por motivos óbvios, saiba que você me tirou da inércia intelectual em que eu me encontrava há um bom tempo. :)

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    1. Muito boa sua reflexão. Um verdadeiro complemento ao texto!!!!

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